Acontece com certa recorrência de importadores ou exportadores contarem com os serviços de prestadores de alto nível, como comissárias de despacho e agente de carga e, mesmo assim, perceberem que, por alguma razão, seus indicadores operacionais não alcançam o patamar desejado.

Talvez possamos encontrar a resposta para este dilema através de um interessante conceito originário da Sociologia e da Antropologia: a “multiplexidade”, traduzido livremente do inglês multiplexity. O antropólogo nigeriano Akinwumi Ogundiran, em um de seus trabalhos sobre a avançada organização de antigas comunidades iorubás, define precisamente a multiplexidade como “a forma como a diversidade de habilidades e diferenças sociais são cultivadas e harmonizadas para formar um todo orgânico maior que a soma de suas partes.” O conceito posteriormente é transposto pela Administração ao universo empresarial, conscientizando as companhias de que as tarefas executadas de forma associativa e colaborativa produzem um resultado superior ao verificado por indivíduos que agem isoladamente.

Dentro desta concepção, é desenvolvida uma nova forma de gestão a partir da qual processos contando com múltiplas etapas e elementos apartados, muitas vezes externos à corporação, devem contar com um elemento de conexão. Sendo assim, forma-se um ecossistema onde os elementos estão interligados, o elemento conector indo um passo além da simples supervisão. No âmbito do comércio exterior, este gestor passa a ser responsável pela estruturação e condução das atividades inerentes à importação e à exportação a partir de alguns eixos estratégicos e de ponta-a-ponta, quais sejam:

• Estabelecer estratégias e diretrizes para cumprimento das exigências e especificidades de cada processo de importação/exportação;

• Definir metodologias de organização e registro das atividades relacionadas ao processo;

• Analisar indicadores, buscando melhorias e definindo as etapas e/ou procedimentos mais críticos para cada tipo operação

• Enxergar o processo de forma holística e transversal, atuando como articulador;

Importante citar que a implementação do último tópico elencado é fundamental para a organização das atividades de forma a permitir que todos os stakeholders da cadeia ajam de forma integrada e complementar, sendo a chave para o aperfeiçoamento da qualidade e da eficiência operacionais.

Adicionalmente, é de suma importância que as companhias enxerguem a multidisciplinaridade intrínseca desta posição, contanto com um profissional capacitado e que apresente as habilidades requeridas para transitar com tranquilidade através das dimensões legal, financeira, tributária, administrativo-burocrática, logística, comunicativa, dentre outras necessárias à boa condução das atividades de importação e exportação.

Independente da complexidade de sua operação, a Átrio | Estratégias em Comércio está preparada para gerir seus processos de importação e exportação, auxiliando na alavancagem de seus negócios.